domingo, abril 17, 2005

Túnel de Ceuta

Confesso que tenho estado à margem da polémica do Túnel de Ceuta…
Porquê? Porque apesar de ser mesmo no centro da Cidade, não é um sítio onde passe muitas vezes e principalmente porque se ouvem mais boatos do que propriamente notícias/esclarecimentos.
São esclarecimentos que os Portuenses precisam! Precisam de tomar partido! Precisam de saber quem tem razão!

Resolvi informar-me para partilhar… Vamos então aos dados:

1. O Túnel de Ceuta foi programado pelo executivo de Fernando Gomes (1995), tinha a sua saída à direita do Jardim do Carregal em frente ao Instituto de Medicina Legal. Esta proposta foi chumbada pelo IPPAR (1996), pois encontrava-se muito perto do jardim, Hospital de Santo António e Museu Soares dos Reis.





2. Ignorando esta resolução, no mandato seguinte, Nuno Cardoso avança com outra solução em que o túnel sairia mesmo junto à entrada da Urgência do Hospital. Ao mesmo tempo, escavou a entrada do túnel junto ao Hotel Infante de Sagres.
A obra é mais tarde parada por dificuldades financeiras, face à dificuldade de escavação, provocada pela existência de imensos caudais de água e principalmente pela ausência de um projecto consistente.





3. Rui Rio herdou uma obra estagnada, sem financiamento, sem projecto e chumbada pelo IPPAR, com reclamações sucessivas do Hospital, com um buraco que ficaria junto ao cruzamento e a sair uma rampa de 11% de inclinação.

4. Nova solução foi apresentada, com o túnel a terminar logo no início da Rua D. Manuel II, ficando o seu muro de protecção situado a 25 metros do edifício do Museu.





O IPPAR indeferiu o projecto, dando como única solução a saída feita no mandato de Nuno Cardoso ou então o prolongamento do mesmo até à porta principal do Palácio de Cristal… defendeu o que previamente tinha chumbado!





Depressa se apercebeu da asneira e empurrou a saída do túnel para depois da Rua Adolfo Casais Monteiro (+2.5M€, menos uma faixa de rodagem e + 11 meses!).
Mais tarde o Presidente do IPPAR, numa reunião propôs a solução da saída no centro da via, anteriormente apresentada pela autarquia e chumbada pelo IPPAR… Oops!

Nova reunião e o IPPAR passa a defender o prolongamento do Túnel, de forma a este terminar imediatamente antes da Rua Adolfo Casais Monteiro.





5. A Câmara Municipal do Porto e o seu Gabinete de Gestão de Obras Públicas consideram inviável o prolongamento do Túnel, por razões técnicas, financeiras e logísticas (rampa com 13% de inclinação, 4M€, mais 15 a 18 meses, alterações complexas no trânsito, semáforos, etc).

6. Abdicando da saída no centro da via e do arranjo urbanístico que fora concebido para o local pela autarquia, Rui Rio propôs a saída do Túnel no lado direito do início da Rua D. Manuel II, com os muros de segurança afastados pelo menos 25 metros do edifício do Museu, permitindo assim o alargamento do passeio de dois para cinco metros.

Este texto foi compilado de várias fontes:
- Jornal de Notícias
- Câmara Municipal do Porto
- Outras fontes

Opinião final:
: Não vejo abertura para o IPPAR resolver este assunto, apesar da inequívoca incapacidade de fazer sugestões construtivas, limita-se apenas a dizer Não!
: Quando o IPPAR tenta sugerir algo, apenas mete os pés pelas mãos!
: O Ministério está a ter uma atitude arrogante, autista e que em nada beneficia a cidade do Porto e os seus habitantes!
: Parece-me que apesar deste projecto (e suas asneiradas) ter tipo origem durante mandatos autárquicos do PS, este assunto está claramente a ser manobrado com fins políticos e eleitoralistas!
: Os Portuenses não são burros! Andam de olhos bem abertos e mais tarde ou mais cedo irão agir de acordo com aquilo que têm visto...
: Parece-me que apenas a Câmara está a tentar resolver este problema que leva já 10 (sim dez!) anos de existência!
: Quem sai prejudicado?!

Querem aproveitar para protestar e divulgar?! Façam-no aqui!

Notas:
: não sou político, nem faço parte de nenhum grupo organizado... apenas li e opinei! E como estava pouco informado... penso que fiquei esclarecido!!!
: se virem aqui alguma incorrecção factual, p.f. avisem!